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Descrição
O Mini Exame do Estado Mental – Primeira edição (MMSE) foi elaborado por Folstein et al. (1975) nos EUA, como instrumento de rastreio do funcionamento cognitivo geral.
O instrumento examina a orientação temporal e espacial, memória de curto prazo (imediata ou atenção) e evocação, cálculo, praxia construtiva e habilidades viso-espaciais. Esse instrumento pode ser usado isoladamente ou ser incorporado a baterias de testes, permitindo o rastreio de quadros demenciais, o estagiamento evolutivo de doenças e avaliação de respostas aos tratamentos.
Público Alvo
O instrumento trata-se de uma triagem do comprometimento cognitivo, com ampla faixa etária de normatização. Pode ser aplicado em indivíduos de 18 a 100 anos de idade.
Contexto
Hospitalar, Clínico e Neuropsicológico
É considerado um dos instrumentos breves mais utilizados para triagem do comportamento cognitivo. Clínicos utilizam este tipo de instrumento também para acompanhar a evolução do paciente ao longo do tempo, enquanto epidemiologistas o utilizam em grandes populações. É também adotado para selecionar pacientes para tratamento de quadros demenciais em ensaios clínicos.
O instrumento é mundialmente utilizado, sendo publicado originalmente nos EUA. Com versões adaptadas em Russo, Alemão, Italiano, Francês, Espanhol, Chinês, Holandês e Indiano.
Recomendações de acordo com cada versão:
- A coleção Padrão é recomendada para o uso de triagem de grandes demandas e de formas mais pontuais de avaliação.
- A coleção Expandida é recomendada para o acompanhamento mais detalhado dos casos.
Aplicação
Pode ser aplicado por médicos, estudantes de medicina, psicólogos, enfermeiros, estudantes de enfermagem, assistentes sociais e pesquisadores treinados.
As versões do MMSE-2 variam em tempo de administração e o examinador deve julgar qual versão usar e quando proceder com um exame adicional. As diretrizes gerais para tomar esta decisão se baseiam na prática clínica.
A aplicação deve ser realizada de forma individual e não possui limite de tempo para respondê-la. No entanto, o período de resposta da versão padrão varia entre 10 e 15 minutos, e a versão expandida cerca de 20 minutos.
As folhas 'Azul' e 'Vermelha' avaliam os mesmos constructos.
Elas existem para situações em que o profissional tenha de reaplicar o teste ao mesmo paciente, de forma que não interfira no resultado, devido a um possível ‘aprendizado’ do examinando, por já ter passado pela triagem.
Normatização
Participaram da pesquisa 1.090 voluntários sem queixas cognitivas, sendo 692 mulheres (63,5%) e 398 homens (36,5%). A coleta foi realizada em todas as regiões geopolíticas brasileiras. A maior parte dos respondentes eram provenientes da região Centro Oeste (n = 421,38,6%), principalmente no Distrito Federal. Os critérios de inclusão foram: ter 18 anos ou mais e ser independente nas atividades de vida diária.
Correção
Assim como no manual original, é utilizado o escore T, que é uma escala com média = 50 e desvio padrão = 10. Uma vantagem de se usar os escores T no lugar do escore z é que nenhum valor é negativo.
Padronização
Carina Tellaroli Spedo
Psicóloga, Especialista em Neuropsicologia pela USP-SP (2012), Mestre (2012), Doutora (2016) e Pós-doutora (2019) em Ciências Médicas (Neurologia/ Neurociências) pelo Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). Atualmente é professora na UFSCar, onde coordena o projeto de intervenção em Avaliação Neuropsicológica de Idosos. Colabora em avaliação psicológica e intervenção junto aos ambulatórios de Neurologia Cognitiva Comportamental e no Projeto de Intervenção para moradores de rua "Integra Lar", do Departamento de Medicina da UFSCar.
Danilo Assis Pereira
Doutor em Neurociências (2014) pela Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB), mestre em Processos Psicológicos Básicos pela UnB (2003) e possui graduação em Psicologia pela UnB (2001). Foi professor no curso de Psicologia do UniCEUB - Centro Universitário de Brasília e UNIP-DF, Universidade Paulista. Tem experiência em Machine Learning, Psicometria, Neuropsicologia, Terapia Cognitiva Comportamental e Hipnose Clínica. Autor de vários testes psicológicos, artigos científicos e capítulos de livros.
Maria Paula Foss
Pós-doutorado no exterior no Cognitive Neurology and Alzheimer Disease Center da Northwestern University (CNADC; 2016), Mestrado e Doutorado em Ciências Médicas, na área de Neurociências, pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP (2008). Possui especialização em Neuropsicologia, Reabilitação Neuropsicológica e Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Atualmente, realiza atividades de coordenação da área de Neuropsicologia do Setor de Distúrbio de Movimento e Neurologia Comportamental da FMRP-USP.
Amilton Antunes Barreira
Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (1972). Doutorado em Medicina (Neurologia) pela Universidade de São Paulo (1978). Atualmente é Professor Titular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Atua nas seguintes áreas da Medicina e Ciências da Saúde, em pesquisa e aplicação: Neurologia, Doenças Neuromusculares, Neuropatias Periféricas, Neuroimunologia, Regeneração do Nervo Periférico e Terapia com Células Tronco.